segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Livros que li em 2013

São muitas as características que podem ser consideradas quando decidimos dedicar uma fração de tempo na leitura de um livro. Há quem busque por títulos consagrados, outros por temas específicos, como sci-fi, contos, etc... Apesar de apreciar alguns estilos de leitura não uso nenhum padrão específico para classificar um livro como bom para ler, apenas dou uma olhada no título e tento imaginar como o autor desenvolveu a ideia, que tipo de sentenças ele criou para comunicar essa ideia. Se essa pequena reflexão produz uma espectativa positiva o livro entra na minha fila de leitura (sim eu tive que criar uma, pois minha capacidade de encontrar bons títulos supera minha capacidade de ler de forma proveitosa uma obra.).
Além das bibliotecas que frequento, como a da universidade e a pública preciso agradecer a iniciativa boocrossing.com que me proporcionou alguns títulos bem interessantes que não encontrei nem mesmo a venda. Iniciando neste post e nos próximos pretendo compartilhar de minhas experiências de leitura:

1-O homem que calculava/ Malba Tahan: Esse é um livro bem antigo escrito por um escritor brasileiro usando um heterônimo (ele convence como escritor árabe), o que me levou a sua leitura foi o prefácio onde o autor dedica a obra aos sete grandes geometras cristãos ou agnósticos: Descastes, Pascal, Newton, Leibnitz, Euler, Comte, e os saúda com a seguinte frase: " Que Alá tenha misericórdia destes infiéis!"e ao matemático persa Al Kowarizmi (em sua homenagem foi criado o termo algoritmo, a dedicatória traz o seu nome completo, ótimo para usar em aulas de algoritmo mostrando aos alunos quem é o culpado por seu "sofrimento"). Esse tipo de insigth, logo nas primeiras páginas produz a já referida boa espectativa, muitos deles e outras pérolas de sabedoria oriental aparecem no decorrer de todo o livro. A história em si consiste de uma sequência de desafios matemáticos resolvidos pelo personagem título Beremiz  ambientado na Bagdá antiga dos sultões. A narrativa transcorre sem grandes reviravoltas até o maior desafio que acontece no final quando o homem que calculava precisa resolver problemas propostos pelos grandes sábios da época. Finalmente ele vence os desafios e ganha em casamento a mão de Telassin filha de seu protetor por quem era apaixonado e a quem dava aulas de matemática.
É um romance bom para todas as idades especialmente nerds e curiosos que apreciam conhecer problemas e curiosidades clássicos da matemática, é bem didático e possui no final um glossário com termos e expressões matemáticos e orientais, uma leitura leve mesmo que em linguagem um pouco arcaica. Recomendo para estudantes de todos os níveis como incentivo a aprofundarem-se no estudo da disciplina que de forma geral é a que desperta menos interesse nos bancos escolares.